O Ministério da Saúde lançou um guia alimentar direcionado especialmente aos idosos, alertando que o consumo de alimentos ultraprocessados pode afetar negativamente a saúde de pessoas de todas as idades, mas especialmente os mais velhos. O documento recomenda opções nutritivas que podem beneficiar o organismo dessa população.
A população idosa frequentemente troca suas principais refeições, especialmente o jantar, por lanches como pães, leite, bolachas, salsichas e presunto, de acordo com o guia. No entanto, uma alimentação saudável é fundamental para prevenir doenças e controlar enfermidades que geralmente afetam essa faixa etária.
Diversos fatores podem influenciar a alimentação dos idosos nessa fase da vida, como alterações fisiológicas, psicológicas e sociais, bem como o uso de medicamentos e doenças crônicas. Questões que impactam diretamente a vida dos idosos, como alterações na mobilidade, perda do olfato, da visão e redução do paladar, também afetam a maneira como se alimentam.
O consumo de alimentos ultraprocessados é alto entre os idosos devido à praticidade, mas esses alimentos são nutricionalmente desbalanceados, contendo muitas gorduras, açúcares e sódio. Isso pode agravar condições de saúde comuns nessa faixa etária, como diabetes, hipertensão e obesidade, especialmente quando são ingeridos alimentos pobres em fibras, vitaminas e minerais.
Além disso, a dificuldade de absorção de nutrientes pelos idosos pode ser agravada pelos ultraprocessados, pois prejudicam o controle da fome e da saciedade, levando a um consumo excessivo desses alimentos.
Para uma alimentação adequada, é essencial que familiares e profissionais de saúde estejam atentos à vulnerabilidade social, ao contexto socioambiental, às disfunções fisiológicas e à dependência funcional dos idosos.
O guia recomenda respeitar a rotina de café da manhã, almoço e jantar, priorizando o consumo de alimentos preparados na hora, como arroz e feijão, carnes, ovos, legumes e verduras, farinha de mandioca e panquecas.
As principais orientações incluem o consumo diário de frutas, verduras e legumes, que são fontes ricas de vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes, e possuem poucas calorias. É preferível consumir as frutas inteiras ao invés de sucos, mesmo que naturais, pois os sucos não fornecem os mesmos benefícios e nutrientes que a fruta inteira.
No jantar, é recomendado optar por sopas com alimentos in natura como alternativa às refeições completas, substituindo lanches à base de biscoitos, pães embalados e embutidos.
O uso de óleos, gorduras, sal e açúcar deve ser feito com moderação. Bebidas adoçadas, como refrigerantes, sucos de caixinha, sucos em pó e refrescos, devem ser evitadas. É importante que os idosos consumam água regularmente, mesmo sem sentir sede, para prevenir a desidratação e a constipação, condições comuns nessa fase da vida.